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1 de julho de 2013

Cap. 12 - Minha vida de (quase) Anjo

- Não! Mas eu... - Tentei argumentar. Falhei, ele estava certo e eu errada. Fim de jogo.
- Bonnie, dentro de uma semana você terá de ir.
- Como assim ''ir''? Como eu vou ir? - Perguntei confusa.
- Você descobrirá. - Ele disse misterioso.
Logo tudo ficou escuro novamente, aquela escuridão tardou a cessar. Mas quando sumiu, eu desejava que tivesse escuro ainda. Sentia uma dor lancinante na canela, ia se espalhando pelo corpo, tentei me mover e só fez piorar, fiquei ali parada esperando algum socorro  que não veio. Me desesperei e comecei a chorar, a dor era tanta que eu preferia ter perdido a perna, não aguentava mais. Mexi o braço em direção a canela e toquei de leve a pele em carne viva, não aguentaria nem olhar, quanto mais ficar aqui. Fiquei durante várias horas em estado de vegetação, meu pensamento estava longe. Não conseguia mexer nada além do braço e talvez o pescoço. O dia amanheceu e nada, ninguém veio. Comecei a chorar silenciosamente, as palavras pareciam engasgadas na minha garganta, quando finalmente consegui produzir algum som, fora apenas um ruído baixo, muito baixo para alguém escutar. A dor ia me consumindo.

Narrador P.O.V' S

De longe pode-se ouvir o farfalhar das folhas, alguém estava próximo. Uma pontada de esperança surgiu no peito dela, logo o desespero tomou conta, e se não fosse uma pessoa? E se fosse um animal? Ela perdera muito sangue nas últimas horas, estava muito fraca, sentia que não duraria muito tempo, mas... dava pra morrer de novo? O que aconteceria com ela? Não já estava ''morta''?
- Oh meu deus! Sr. Bournegard, olhe isso!
- O que foi meni... OH MEU DEUS! CHAMEM UMA AMBULÂNCIA!
Logo  outras vozes tomaram conta do ambiente
- Quem é ela?
- Como ela ficou assim?
- Ela morreu!
- Ela esta viva!
- O que ela tem?
- O que ela faz aqui?
- Silêncio! - Sr. Bournegard disse autoritário. Logo todos fizeram silêncio.
Ele se aproximou cada vez mais do corpo inerte de Bonnie. Aproximou o rosto do dela e a olhou. Se assustou quando ela moveu os olhos em sua direção.
- Está...viva - Disse atordoado, os alunos suspiraram aliviados.
Ele checou a pulsação dela, estava fraca. Sua expressão era de dor, ele olhou sua canela e se assustou novamente com a poça de sangue que se formava alí. Logo rasgou um pedaço da blusa de Bonnie e enrolou na canela, tentando estancar o ferimento. Pegou ela no colo com medo de a machucar ainda mais e voltou com os alunos pela mesma trilha, indo direto ao hospital.
- Vocês, fiquem aqui. Entendido? Logo estarei de volta. - Disse duro com Bonnie nos braços e rumou ao hospital, um quarteirão de distância do local.

..*..

- Peguem uma maca! Depressa! - Gritou a enfermeira quando viu o estado de Bonnie.
- Quais as informações dela Sr.. - Disse a atendente dando a deixa para ele terminar a frase
- Bournegard, mas eu não sei nada sobre ela - Ele contou a história toda, o que sabia. É claro.
- Já levaram ela pra sala de cirurgia, para a retirada da bala, vai esperar senhor?
- Não, eu tenho que ir com a minha turma, eu...ham....até mais. - Ele por fim saiu.
A cirurgia ocorreu bem, logo ela estava repousando em um quarto de  hospital, ainda sem ter recobrado todos os sentidos, após recuperá-los uma enfermeira chegou e foi logo lhe fazendo perguntas.
- Senhorita?
- Sim? - Disse Bonnie ainda sonolenta.
- Qual seu nome senhorita?
- Bonnie Oliveira Danton.
- Srta Danton, preciso saber se tem parentes. - Bonnie estava muito fraca.
- Ligue para Xxxx-Xxxx ele lhe dirá todas as informações.
- Qual o sobrenome dele? - Disse a enfermeira.
- Payne.
Então ela dormiu novamente. Do outro lado da cidade uma pessoa agonizava por não ter informações sobre sua namorada, até receber um telefonema.
- Alô?
- Senhor Payne? - Disse uma voz feminina.
- Sim? - Disse desinteressado.
- Aqui é do Hospital London Bridge, é sobre a paciente Bonnie Danton
- O quê?! Bonnie está no hospital?! - Ele procurara Bonnie a noite toda, mas nada da garota.
- Sim, senhor. Eu gostaria de saber se você poderia comparecer aqui.
- Já estou indo. - Ele disse apressado e desligou, pegou suas chaves e saiu em disparada para o Hospital, Bonnie era tudo que importava agora.
- Onde ela está?
- Senhor, é a regra. a paciente está repousando agora e não pode...
- VÁ PRO DIABO COM AS REGRAS! - Liam rosnou furioso.
Correu até o quarto dela ( o qual ele vira o número na ficha da recepcionista) e entrou. Foi como se recebe-se um tapa na cara. Vê-la assim, tão fragilizada doeu até a alma.
- Bonnie - Sussurrou, chegando perto dela e depositando um beijo nos seus lábios.
Sentou-se na cadeira do lado da cama e segurou sua mão. Passaram-se horas a fio, até que Liam recebeu uma ligação.
- Alô?
- Daddy! Finalmente, onde você está? - Zayn disse.
- No Hospital.
- Quê? Por que?
- Bonnie.
- Qual o hospital?
- London Bridge
- Já já estou aí.
Ele finalizou a ligação e pensou '' Zayn se importa muito com Bonnie, até demais, será que... Não, Zayn não pode estar gostando de Bonnie, ou pode?''
- Amor? - Bonnie disse fraca.
- Bonnie! Ah meu amor, fiquei com tanto medo! - Disse ele, desabafando.
- Acabou Liam. - Ela disse séria.
- O que acabou? - Ele falou temendo a resposta.
- O meu tempo. - Ele suspirou, pensara que ela ia terminar com ele.
- Tempo de quê meu amor?
- BONNIE! - Zayn gritou interrompendo a conversa sem nexo dos dois.
- Oi Zaza! - Bonnie disse feliz, a companhia de Zayn era quase tão boa quanto a de Liam.
- O que aconteceu com você meu amor? - Liam perguntou.
- Eu tava indo pra casa, aí fui assaltada e saí correndo, levei um tiro na canela, e me joguei nos arbustos pra me esconder, só que atrás dos arbustos tinha um desfiladeiro. Então eu saí rolando desfiladeiro abaixo até parar, fiquei por lá até que alguém me trazer pra cá.
- WOW! - Zayn disse chocado. Liam estava sem palavras.
- Eu te amo. - Ela disse do nada.
- Eu também, amor. - Liam respondeu
- O tempo acabou.-  Logo ela voltou misteriosamente ao seu estado semi vegetativo.
- Tempo de quê? - Zayn disse.
- Eu vou embora.
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- Gabi
Heey! gostaram? ficou meio sem graça?

Um comentário:

  1. OOOOOOOOOOOOOOOOOOmg perfect!!!!!!!!!!!!!!!!
    Mas você não disse que tinha acabado no 11?

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